Cânticos III

22/05/2012 10:00

De noite, em minha cama, busquei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei.


Levantar-me-ei, pois, e rodearei a cidade; pelas ruas e pelas praças buscarei aquele a quem ama a minha alma; busquei-o, e não o achei.

Acharam-me os guardas, que rondavam pela cidade; eu lhes perguntei: Vistes aquele a quem ama a minha alma?

Apartando-me eu um pouco deles, logo achei aquele a quem ama a minha alma; agarrei-me a ele, e não o larguei, até que o introduzi em casa de minha mãe, na câmara daquela que me gerou.

Conjuro-vos, ó filhas de Jerusalém, pelas gazelas e cervas do campo, que não acordeis, nem desperteis o meu amor, até que queira.

Quem é esta que sobe do deserto, como colunas de fumaça, perfumada de mirra, de incenso, e de todos os __pós__ dos mercadores?

Eis que é a liteira de Salomão; sessenta valentes estão ao redor dela, dos valentes de Israel;

Todos armados de espadas, destros na guerra; cada um com a sua espada à cinta por causa dos temores noturnos.

O rei Salomão fez para si uma carruagem de madeira do Líbano.

Fez-lhe as colunas de prata, o estrado de ouro, o assento de púrpura, o interior revestido com amor, pelas filhas de Jerusalém.

Saí, ó filhas de Sião, e contemplai ao rei Salomão com a coroa com que o coroou sua mãe no dia do seu desposório e no dia do júbilo do seu coração.